O Sargento da Polícia Militar Atos Antonio Valeriano foi a última testemunha a falar no julgamento do caso Eloá. O primeiro dia do julgamento de Lindemberg Alves, acusado por sequestrar três estudantes e matar a ex-namorada Eloá Pimentel, terminou pouco depois das 20 horas desta segunda-feira.
Valeriano foi o primeiro polícial a atender a ocorrência do sequestro realizado por Lindemberg Alves, que chegou a atirar na direção do policial, " O tiro passou a 30 centímetros da minha cabeça", afirmou. O sargento também detalhou as primeiras negociações com Lindemberg e afirmou que o jovem estava muito nervoso durante a negociação para que os reféns fossem soltos.
Valeriano falou por aproximadamente 40 minutos e durante seu depoimento houve um bate-boca entre um assistente da acusação e a advogada de Lindemberg.
Além do policial também testemunharam na tarde desta segunda-feira os três estudantes que foram mantidos reféns no apartamento da vítima.
Nayara Rodrigues da Silva foi a primeira testemunha a ser ouvida e é uma das peças chaves do caso, já que estava dentro do apartamento da família de Eloá quando a jovem foi morta. A pedido de Nayara, Lindemberg foi retirado da sala para o depoimento.
[SAIBAMAIS]A testemunha disse que, enquanto esteve no cativeiro, testemunhou diversas agressões do rapaz contra a amiga. "Quando voltei ao apartamento, ela estava bastante machucada". A jovem também disse que escutou três disparos antes que os policiais quebrassem a porta para entrar.
Victor Lopes de Campos e Iago Oliveira também relataram as diversas ameaças feitas por Lindemberg durante o tempo em que estiveram no apartamento. "O que mais me dava medo era que meus amigos tomassem um tiro", contou Victor.
No total, 19 testemunhas devem participar do julgamento, 14 como defesa e cinco pela acusação. O processo deve durar três dias e os trabalhos devem ser retomados às nove horas da manhã desta terça-feira.