Salvador - Depois do fracasso da reunião de negociação que pretendia dar fim à greve dos policiais militares da Bahia, nesta terça-feira (7/2) à noite, ainda não há nova data para que governo e associações de policiais tentem um novo acordo. O impasse permanece na manhã desta quarta-feira (8/2), nono dia de greve.
O arcebispo de Salvador, Murilo Krieger, divulgou nota deixando a mediação das conversas entre governo e policiais. "Como mediador não me cabe falar dos resultados das negociações. O que posso assegurar é que não me alinhei com nenhuma dessas partes porque meu compromisso é com o povo da Bahia. A Bahia quer paz, a Bahia precisa de paz", disse o bispo.
Hoje pela manhã, a movimentação militar em torno da Assembleia Legislativa foi intensa. O efetivo do Exército foi aumentado em 500 homens, somando hoje 1,3 mil militares. Dois helicópteros do Exército fizeram vários rasantes, sobrevoando principalmente a área onde se concentram parentes dos policiais amotinados. Um dos helicópteros chegou a pousar no campo em frente ao prédio, onde há também barracas dos manifestantes.
A aulas continuam suspensas nas escolas públicas e privadas. Em alguns bairros, lojas de eletrodomésticos, alvo preferido dos saqueadores, estão fechadas. No bairro de Itapoã, área litorânea de Salvador, uma grande rede de lojas decidiu não abrir e outra concorrente preferiu abrir apenas meia-porta.