Na madrugada de domingo, a primeira das 12 prisões foi cumprida. O policial militar Alvin dos Santos Silva, da Companhia de Policiamento de Proteção Ambiental (Coppa), foi preso pelo comandante da companhia. Ele é também dirigente da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia (Aspra), entidade responsável pela greve. Ele será encaminhado, segundo o governo estadual, à sede da Polícia do Exército, em Salvador. As informações, não confirmadas oficialmente, são de que, além de responder pelos crimes, o policial vai passar por um processo administrativo na própria corporação. Os demais presos deverão ser levados para presídios federais em uma aeronave da PF, que aguarda no local.
Essas medidas, porém, não são suficientes na opinião do deputado baiano Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM). Segundo ele, que esteve em Salvador nos últimos dias, a população está revoltada com o governador petista Jaques Wagner. ;Dá para ver que ele não se preparou. O governador está mantendo uma postura distante, o que pode retardar a solução;, avaliou.
Em uma nota em seu site, o presidente do Democratas na Bahia, José Carlos Aleluia, também criticou Wagner. Segundo ele, o governador e o Partido dos Trabalhadores (PT) bancaram a greve da PM em 2001 e agora não sabem negociar o fim da paralisação atual. ;Desce do helicóptero, Wagner. Vê se toma pé do caos em que está a Bahia. Infelizmente não é Wagner que está provando do próprio veneno, como diz o dito popular. É o povo da Bahia que está provando do veneno do PT;, diz um trecho da manifestação do democrata baiano.
A assessoria de imprensa do governador Jaques Wagner negou ontem que ele tenha ajudado na greve de 2001. A acusação de que ele e outros políticos da base do governo teriam dado suporte financeiro à greve dos policiais militares naquele ano foi feita foi feita e repetida nos últimos dias pelo soldado Marco Prisco, presidente da Aspra.
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