A situação continua tensa na capital baiana. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) registrou 70 mortes nos seis dias de greve dos policiais militares do estado, desde o dia 31 de janeiro até a manhã deste domingo. Até a tarde deste sábado, o número era de 56 homicídios, mas entre a noite de ontem e a madrugada de hoje foram 14 assassinatos nos bairros de Salvador. Os crimes serão investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Grevista convoca famílias de PMs para protesto na assembleia baiana
Ameaçado de prisão, o presidente da Associação dos Policiais, Bombeiros e seus Familiares da Bahia (Aspra), soldado Marco Prisco, está convocando as famílias dos grevistas, incluindo crianças, para se juntar aos policiais concentrados desde quarta-feira na Assembleia Legislativa do estado.
Para distrair os filhos dos soldados, os organizadores da paralisação instalaram pula-pulas no local. De acordo com o capitão Marcelo Pita, porta-voz do Comando da Polícia Militar, Prisco está na lista dos 12 líderes grevistas com mandado de prisão expedido pela Justiça baiana. Mas o governador Jaques Wagner (PT) já descartou a possibilidade de invasão da Assembleia. Wagner disse que não negociará enquanto a greve continuar.
No fim da tarde de sábado, a PM conseguiu recuperar as 16 viaturas levadas dos quartéis pelos grevistas. O líder Marco Prisco disse que o movimento está disposto a reduzir a pauta de reivindicações, mantendo apenas a incorporação de gratificações e a anistia aos grevistas.