Depois de ficarem três dias úteis fechados por causa do desabamento dos três prédios, os comerciantes da Avenida 13 de Maio retomaram a rotina nesta segunda-feira (30) e contabilizaram os prejuízos. A primeira providência foi limpar as lojas, tomadas pela nuvem de poeira e pedaços de reboco resultantes do desmoronamento.
;O prejuízo foi grande. Ficamos três dias sem faturamento, só tendo despesa, e ainda perdemos os alimentos que havíamos produzido. Além da perda de nossos amigos, clientes que morreram no acidente. Hoje não conseguimos abrir, foi só para fazer a faxina;, lamentou César de Freitas Lemos, gerente de uma lanchonete especializada em sucos e sanduíches naturais, que estimou perdas ao redor de R$ 50 mil pelos dias fechados.
Alguns tiveram que improvisar, pois não havia gás encanado que foi suspenso pela companhia distribuidora por motivo de segurança. ;Tivemos que trazer comida de um outro restaurante nosso, para não deixar nossos clientes sem almoço. Ainda não temos gás. Agora é tentar recuperar o prejuízo;, contou Elielson Figueiredo Júnior, gerente de um restaurante a cerca de 50 metros do desabamento. Segundo ele, os dias parados causaram uma perda de faturamento entre R$ 30 mil e R$ 40 mil.
Outros comerciantes, situados mais próximos ao acidente, nem conseguiram abrir as portas. Algumas lojas permaneciam fechadas o dia todo para a limpeza. Do lado de fora, na calçada, centenas de pessoas registravam em câmeras fotográficas ou celulares as cenas da tragédia.
Dos três prédios restou apenas uma parte - presa à parede de outro edifício - que será derrubada posteriormente. O entulho foi quase todo removido e a área fechada por tapumes.