A Presidência do TJSP, por meio de nota, lamentou o ocorrido e afirmou que ;dará toda a assistência aos servidores feridos, bem como a segurança necessária à magistrada e ao prédio do fórum;. Em entrevista coletiva, Sartori afirmou que uma vingança teria motivado o atentado, descartando o envolvimento do crime organizado. Uma das partes de um processo de família teria ficado insatisfeita com a decisão da juíza. ;Apuramos que seria um problema familiar, de guarda de filho;, disse.
Repúdio
O ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgou nota repudiando o atentado, na qual lembrou o crime cometido contra a juíza Patrícia Acioli, morta com 21 tiros ao chegar em casa. ;Em nome de todo o Poder Judiciário, repudio mais esse criminoso, abominável e violento atentado contra membros da instituição. É inadmissível a trágica repetição de sucessivos ataques à independência de magistrados e servidores que, no ano passado, chegaram ao extremo do assassinato da juíza Patrícia Acioli.;
A Central de Polícia da Delegacia Seccional de Rio Claro começou a analisar as imagens do sistemas de segurança de prédios vizinhos ao fórum. O pacote foi entregue pessoalmente e não tinha remetente. A bomba, que ainda estava envolvida por uma estrutura com pregos e parafusos, foi colocada dentro de um papai noel, embalado em uma caixa de presente. Ela foi entregue, acompanhada de um envelope, com o nome da juíza. O artefato foi colocado sobre uma mesa no primeiro andar do prédio e encontrado por um agente de segurança. Explodiu assim que foi aberto por ele.
Armados contra desocupação
Moradores do bairro Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), montaram barricadas e permaneceram armados durante o dia de ontem à espera de policiais. Estava prevista a reintegração de posse do terreno onde moram. Cerca de 1.600 famílias ocupam, desde 2004, uma área que pertence à massa falida de uma empresa. Um encontro entre os moradores e representantes dos governos municipal, estadual e federal para solucionar o impasse da ocupação terminou às 19h de ontem sem uma decisão concreta. A reunião terminou com a assinatura de um termo de intenção de regularização da área pelos governos estadual e municipal. A prefeitura, porém, disse que ainda vai estudar o caso. O documento foi entregue à juíza que determinou a reintegração do terreno. Até o fechamento desta edição, a decisão permanecia em vigor, mas ainda não havia sido cumprida.