Um prédio de dois andares e dois blocos, localizado na Rua Passa Quatro no bairro Caiçara, Região Noroeste de Belo Horizonte, desabou na madrugada desta segunda-feira devido a forte chuva que atinge a capital mineira desde outubro do ano passado. O imóvel, que tinha 8 apartamentos em cada bloco, caiu por volta de 0h15. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, um casal foi soterrado. A mulher, Marisa Cunha de Moraes, de 46 anos, foi resgatada com diversos ferimentos e levada para o Hospital João XXIII. Já o homem, ainda não identificado, chegou a ser retirado com vida, mas teve uma parada cardiorespiratória e morreu a caminho do hospital.
Uma viatura da polícia Militar passava pelo local e os militares ajudaram retirar algumas pessoas do prédio, momentos antes do desabamento. Conforme a PM, uma mulher parou o carro e pediu socorro para os quatro militares que faziam patrulhamento na região. Como era madrugada, os policiais ligaram a sirene para chamar a atenção dos moradores e entraram no imóvel, batendo nas portas e alertando as pessoas que ainda estavam no imóvel. Em um apartamento havia duas crianças sozinhas e os policiais tiveram que arrombar a porta para retirarem os meninos. Segundo a PM, os policias conseguiram retirar 11 pessoas do prédio.
Segundo a Defesa Civil, o prédio já tinha sido vistoriado duas vezes e os moradores já tinham sido notificados dos problemas estruturais. O órgão vai divulgar o conteúdo dos laudos de vistorias ainda esta manhã. Segundo o Corpo de Bombeiros, as buscas foram encerradas por volta de 6h, mas bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil permanecem no local.
A assessoria de comunicação do hospital João XXIII informou que Marisa teve diversas escoriações e alguns cortes, mas o estado de saúde dela não é grave. A paciente passou por um processo de limpeza dos ferimentos e levou alguns pontos nos locais dos cortes. O hospital vai divulgar um boletim com quadro clínico da paciente à tarde.
Esta já é a terceira morte por causa das chuvas que castiga o estado desde o ano passado. Uma quarta vítima, um motociclista que morreu eletrocutado em Belo Horizonte, chegou a ser considerada morte em decorrência da chuva pela Defesa Civil Municipal, mas a instância estadual do órgão não a considerou, pois constatou que não chovia no momento.