O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) aplicou nesta sexta-feira uma nova multa à petroleira americana Chevron no valor de US$ 5,4 milhões por falhas no plano de emergência durante o vazamento de petróleo no litoral do Rio de Janeiro, informou a empresa em um comunicado.
A agência oficial detectou "ausência de equipamentos nas embarcações de emergência e demora na primeira atenção ao vazamento" e aplicou a punição à petroleira por descumprir a licença ambiental concedida, acrescentou a nota. Esta é a segunda multa aplicada pelo Ibama à Chevron. A primeira, de R$ 50 milhões (US$ 28 milhões) foi aplicada por danos ambientais causados pelo vazamento detectado no mês passado. O governo brasileiro está analisando outras sanções econômicas contra a petroleira.
O vazamento foi detectado em 19 de novembro, em um poço da empresa, a 1.200m de profundidade, perto do Campo do Frade. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) calcula que tenham sido vazados para o oceano Atlântico três mil barris de petróleo.
Em 23 de novembro, as autoridades brasileiras suspenderam todas as operações de perfuração da empresa, e depois do vazamento a Chevron não foi autorizada a explorar jazidas petroleiras em águas ultraprofundas.
A petroleira gerava 3,6% do petróleo produzido no Brasil (80.425 barris por dia) e 1% do gás natural, segundo dados oficiais.