Durante depoimento na manhã desta quinta-feira, a noiva do goleiro Bruno, Ingrid de Oliveira, negou a participação no suposto plano do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, de assassinar a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, o delegado Edson Moreira, e os advogados Ércio Quaresma e José Arteiro. A dentista foi ouvida por cerca de uma hora pelo delegado Wilson Luiz de Oliveira no Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), no Bairro Gameleira, na Região Oeste de Belo Horizonte.
O plano do ex-policial foi revelado em abril deste ano, por um detento que dividia a cela com ele na Penitenciária Nelson Hungria. De acordo com o homem, os assassinatos contariam com a participação de traficantes do Rio de Janeiro. O traficante apontado pela polícia é Antônio Francisco Bonfim Lopes, o ;Nem;, de 35 anos, preso em novembro deste ano quando fugia da Favela da Rocinha, onde comandava o tráfico de drogas.
O advogado de Oliveira, Francisco Cimin, afirmou que Ingrid não conhece o Nem e também desconhece o caso. Bola será ouvido nesta quinta-feira, às 14h30, também no Deoesp.
Relembre o Caso Bruno
De acordo com o inquérito, Eliza e a criança, suposto filho do goleiro, foram sequestrados por Luiz Henrique Romão e Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, no Rio de Janeiro, e trazidos para o sítio do atleta, em Esmeraldas, na Grande BH, em 4 de junho. A vítima teria sido mantida em cárcere privado até o dia 10, quando teria sido morta em outro local. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é apontado como o executor. A criança foi entregue à ex-mulher, Dayanne de Souza.
Bruno, Macarrão e Sérgio respondem por sequestro e cárcere privado (pena de 1 a 3 anos), homicídio qualificado ( 12 a 30 anos) e ocultação de cadáver (1 a 3 anos). Bola é acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Em liberdade, Fernanda Gomes de Castro responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê. Dayanne, Wemerson Marques de Souza e o caseiro do sítio, Elenilson Vitor da Silva, são acusados de sequestro e cárcere privado do menor.