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Ritual de índios, fado e música mariachi se tornam patrimônio intangível

Expressões musicais como o fado, de Portugal, e os grupos mariachis, do México, foram incluídas hoje (27) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) na lista de "herança cultural imaterial da humanidade". Ao se tornar patrimônio da humanidade, essas expressões ganham apoio para sua preservação.

A lista foi divulgada na rede social do Twitter da Unesco (twitter.com/unescoNow), que acompanha em tempo real a reunião da agência das Nações Unidas em Bali, na Indonésia. A reunião termina no dia 29.

Na sexta-feira (25), a Unesco divulgou uma relação de manifestações típicas intangíveis que devem ser "urgentemente protegidas", incluindo um ritual de um povo indígena brasileiro, voltado para "manter a ordem social e cósmica". O yaokwa é a principal cerimônia do calendário ritual dos enawenê-nawê, povo indígena cujo território tradicional fica no noroeste de Mato Grosso.

Também foram inseridas na lista de patrimônio intangível da Unesco, um ritual agrícola de replantio de arroz realizado em Hiroshima, no Japão; o saber dos xamãs de Yuruparí, na Amazônia colombiana; uma procissão de cavaleiros realizada na República Tcheca; a peregrinação a um santuário inca do Peru; e um típico teatro de sombras chinês.

No caso do Brasil, 18 bens nacionais estão inscritos na lista do Patrimônio Mundial da Unesco.
Na lista estão tradições orais, de cultura e de arte populares, línguas indígenas e manifestações tradicionais, como as Expressões Orais e Gráficas dos Wajãpis, do Amapá, e o Samba de Roda do Recôncavo Baiano.

Em Portugal, na expectativa da inclusão do fado na lista de patrimônio imaterial, já estavam agendados eventos comemorativos e um grande show, na próxima sexta-feira (2/12), numa das principais salas de espetáculos de Lisboa, o Coliseu, com os principais fadistas do país.