Movimentos de luta por moradia ocuparam, na madrugada desta segunda-feira (7/11 ), imóveis na região central da cidade de São Paulo como forma de pressionar o governo a ampliar o acesso habitacional de famílias de baixa renda. Segundo a Polícia Militar, as ocupações foram pacíficas e ocorrem em oito prédios vazios.
Os líderes das ocupações informam que as ações envolvem dez prédios tomados por mais de 3 mil pessoas que querem ser atendidas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, que prevê o direito à moradia a famílias com renda até três salários mínimos.
O coordenador da Frente de Luta por Moradia, Osmar Borges, afirmou que a intenção das invasões foi a de mostrar que existem imóveis disponíveis e também recursos do governo federal para que o governo do estado e a prefeitura reduzam o déficit habitacional da capital paulista, estimado por ele em 800 mil moradias. ;Tem dinheiro disponível e queremos que as casas sejam construídas em grande escala para atender as famílias necessitadas.;
De acordo com Borges, representantes da prefeitura compareceram aos locais que foram alvo das manifestações e se comprometeram a levar a reivindicação às áreas competentes. Ele informou que um grupo de sem-teto iria ainda esta manhã até a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) cobrar a retomada de obras paradas, no extremo sul, próximo ao município de Itapecerica da Serra.
Os prédios ocupados ficam na Avenida São João, Avenida Rio Branco, Avenida Ipiranga, Rua Vitória, Rua Conselheiro Nébias, Rua Dr. Carlos Guimarães e Rua Tabatinguera.