Os governos de Brasil e Peru vão ampliar as parcerias que envolvem a segurança nas áreas de fronteira, para intensificar o combate ao narcotráfico e à violência. os dois países também decidiram acelerar as negociações de acordos nos setores de energia e crescimento sustentável. Paralelamente, o presidente peruano, Ollanta Humalla, avisou que pretende desenvolver no Peru programas de transferência de renda nos moldes dos programas em curso no Brasil.
As iniciativas foram negociadas nesta segunda-feira (31/10) durante reunião dos ministros das Relações Exteriores dos dois países, Antonio Patriota e Rafael Roncagliolo. Na conversa, foi definido que a presidenta Dilma Rousseff irá ao Peru em 2012, retribuindo a visita ao Brasil de Humalla, no primeiro semestre deste ano, logo que foi eleito.
Patriota disse que, como ocorre no Brasil, o governo do Peru quer estimular o crescimento econômico com geração de emprego e redução da pobreza. Ele ressaltou que o comércio entre brasileiros e peruanos é intenso. De 2009 a 2010, o Brasil passou de oitavo para quinto maior investidor direto no Peru, com investimentos de US$ 1,2 bilhão.
As parcerias entre Peru e Brasil envolvem os setores de mineração, infraestrutura, produção e distribuição de petróleo e gás. Para os próximos cinco anos, somente no setor de mineração, estão previstos mais de US$ 3,5 bilhões em investimentos.
Roncagliolo aproveitou a visita para agradecer a solidariedade e apoio do Brasil ao Peru em decorrência do terremoto de 6,7 graus na Escala Richter que atingiu o país andino há três dias. O último balanço contabilizou 2.575 vítimas. O chanceler disse que o governo está fazendo um levantamento completo da situação no país e deve pedir ajuda aos governos vizinhos, inclusive ao Brasil.
O governo do Peru tenta tranquilizar os moradores atingidos pela catástrofe para evitar pânico. O país está em alerta para a necesidade de evacuação da população que vive em áreas de risco.