O governo do Rio de Janeiro vai firmar contratos com empresas privadas para construir, equipar e gerir quatro unidades de saúde no estado. De acordo com o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, os editais que preveem as parcerias público-privadas (PPPs) serão lançados no primeiro semestre do ano que vem.
;A nossa ideia é utilizar a lei das PPPs para fazer contratos com essas empresas. Elas terão a segurança de um fundo garantidor para o recebimento [dos pagamentos] desde que cumpram as metas do contrato tanto em relação à quantidade quanto à qualidade no atendimento. Esse modelo já vem funcionando na Inglaterra, na Espanha e no Canadá;, afirmou ele, que participou nesta segunda-feira (24/10), no Rio de Janeiro, da abertura do 1; Congresso Mundial de Assistência Médica na América Latina.
Côrtes acrescentou que os contratos, que podem ter duração de 15 a 20 anos, seguirão um modelo misto. Em alguns casos, um consórcio de empresas ficará responsável pela construção e manutenção das unidades e organizações sociais (OSs) se encarregarão da gestão assistencial prestada à população; já em outros casos um grupo de empresas ficaria responsável pela totalidade dos serviços.
;Vamos estudar do ponto de visto financeiro qual será o mais vantajoso para o estado;, afirmou.
De acordo com o secretário, os editais serão destinados a unidades para politraumatizados em Nova Iguaçu e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense; e Campo Grande, na zona oeste do Rio; além de uma maternidade em São Gonçalo, na região metropolitana.
Ainda durante o evento, o secretário estadual de Saúde manifestou preocupação com o possível corte de recursos para o setor com as novas regras de partilha dos royalties do petróleo. Segundo Côrtes, diversos municípios fluminenses que já contam com investimentos robustos em função da atividade exploratória serão prejudicados.
;O que vamos fazer com cidades que já têm forte investimento em infraestrutura para fazer o recebimento de trabalhadores e serviços e de uma hora para outra não terão mais esses recursos? Obviamente a saúde sofrerá fortemente, a educação também. Ninguém está discutindo o que é novo, mas o que é existente;, disse.
O 1; Congresso Anual Mundial de Assistência Médica na América Latina é promovido pela World Health Care Congress, organização privada com sede nos Estados Unidos, e reúne, até amanhã (25) executivos do setor de seguros e da área farmacêutica entre outros. Durante o encontro, eles discutem estratégias para promover a eficiência do sistema de saúde, melhorar o acesso, reduzir os custos dos serviços e aumentar a satisfação do consumidor.