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O Diretor de Vigilância Epidemiológica, Marcelo Mascarenhas, confirmou na tarde desta terça-feira, que a cidade de Ouro Branco, na REgião Central de Minas Gerais, teve um surto de meningite, mas que a doença já está controlada. Dezoito funcionários da construtora Paranasa, terceirizada da Gerdau Açominas, foram internados com suspeita de meningite C. Nove casos foram descartados e dois foram confirmados: o de um rapaz de 19 anos, morto na semana passada, e outro de um homem que permanece no hospital.
De acordo com o secretário Municipal de Saúde de Ouro Branco, Hideraldo Belini de Mello, os 1,2 mil trabalhadores das obras de ampliação de uma usina siderúrgica já tomaram antibióticos, sendo que os que tiveram contado direto com as vítimas receberam um medicamento mais forte. Os funcionários que estão internados ficarão por no mínimo 10 dias no hospital.
Segundo a Secretaria de Saúde, 16 pessoas continuam internadas, sendo 13 no hospital da Fundação Ouro Branco e três no Hospital Raymundo Campos. O quadro clínico das mesmas apresenta evolução. Exames foram feitos em todas as pessoas que tiveram os casos definidos como suspeitos. Os primeiros resultados devem ser liberados nesta quarta-feira.
O secretario descartou uma campanha de vacinação na cidade. Segundo ele, não será necessário pois a substância leva 15 dias para agir e o medicamento seria mais eficiente. Após dois dias tomando o remédio, a pessoa não corre o risco de transmitir a doença.
Medo da doença
Receosos por causa da meningite, 400 funcionários da construtora Paranasa pediram demissão por medo de contraírem a doença. Em nota divulgada nesta terça-feira, a empresa informou que tomou providências imediatas em relação aos trabalhadores que apresentaram suspeita de meningite, "atuando em conjunto com as autoridades sanitárias locais para evitar que surjam novas ocorrências da doença na região de Ouro Branco."
Ainda segundo a Paranasa, os alojamentos onde os funcionários se encontram estão em bom estado e "dentro das normas sanitárias previstas na legislação". A empresa informou também que disponibilizou medicamentos para todos os colaboradores alojados na obra e que os funcionários que pediram demissão serão levados para suas cidades de origem, com todas as despesas de transporte e alimentação pagas.