O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas em Educação (Inep) conquistou o direito de não permitir que os alunos vejam a correção das provas subjetivas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Tomada na última quarta-feira, a decisão da 2; Vara da Justiça Federal do Distrito Federal vale para a prova deste ano. Desde 2009, o Ministério Público Federal (MPF) tem interpelado o Inep para permitir que o candidato tenha acesso ao cartão de respostas e à imagem da redação digitalizada. Este ano, o MPF havia conseguido tutela antecipada obrigando a inclusão, no edital, da garantia de vista da prova
Em defesa do Inep, a Advocacia-Geral da União (AGU) argumentou que o MPF não havia demonstrado qualquer prejuízo para os estudantes, já que o instituto tem uma metodologia para evitar erros. Dois avaliadores corrigem a prova, sem saber da nota do outro, e, se houver diferença de mais de 300 pontos, um terceiro é chamado. A AGU alegou ainda que o número alto de candidatos ; 5,3 milhões na atual edição ; impede que os recursos sejam analisados em tempo hábil para utilizar o Enem no processo seletivo das universidades. A presidente do instituto, Malvina Tuttman, no entanto, chegou a dizer, em julho, que existia a possibilidade de os candidatos receberem o texto corrigido em casa.
Outro problema ; desta vez, logístico ; também preocupa inscritos no exame. Aqueles que tentam imprimir o cartão de confirmação com o local da prova no site do instituto reclamam da lentidão do site principalmente na segunda e na terça-feira. O Inep nega que esteja ocorrendo qualquer problema.