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Guaranis libertam presidente da Funai após oito horas de negociações

Índios da etnia Guarani, da Aldeia Estiva, município de Viamão, região metropolitana de Porto Alegre (RS), liberaram, no início da madrugada desta terça-feira (4/10), o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, e outros representantes do órgão, que ficaram retidos no local por mais de oito horas.

Segundo a assessoria da Funai, Meira chegou à aldeia ontem (3) a tarde, acompanhado por servidores do órgão, para participar de uma cerimônia na qual anunciariam o início de diversas obras de benfeitoria, entre elas, a construção de 30 casas.

Durante a cerimônia, os índios passaram a cobrar a atenção de Meira, exigindo que ele permanecesse no local para ouvir todas as reivindicações da tribo. A principal cobrança é pela demarcação das terras da comunidade, que tem cerca de 160 pessoas de 32 famílias.

De acordo com a assessoria da Funai, os índios não foram violentos e permitiram que a comitiva deixasse a aldeia após Meira assumir o compromisso de receber representantes dos guaranis em Brasília. A reunião deve ocorrer nos próximos dias.

Além das casas que serão construídas com recursos da Funai, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) vai repassar R$ 860 mil à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater-RS) para financiar projetos de produção sustentável. As iniciativas são uma compensação aos índios pela duplicação da rodovia federal BR-101, que passa pela terra indígena.