O Ministério Público Federal (MPF) no Pará pediu reforço policial para a proteção de servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) que trabalham na revisão ocupacional de lotes da reforma agrária, no município de Anapu, sudoeste do estado. O MPF requisitou à Polícia Federal o envio de um contingente policial para acompanhar o trabalho do Incra.
A revisão ocupacional em lotes da reforma agrária no município está sendo feita a pedido do MPF para evitar que madeireiros e grileiros continuem a invadir as terras e a ameaçar trabalhadores assentados.
De acordo com o MPF, os conflitos entre assentados e madeireiros, dentro do Projeto de Desenvolvimento (PDS) Esperança, diminuíram após o início do trabalho do Incra, mas ainda há protestos de moradores ligados a madeireiros. A região do PDS Esperança é conhecida por conflitos fundiários no estado e, em 2005, foi palco do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, que denunciava a ação ilegal de madeireiros.
O procurador da República Cláudio Terre do Amaral pede que a PF garanta a segurança aos servidores do Incra até o fim do processo de revisão.