Uma escola da cidade de Santana do Paraíso, no Vale do Rio Doce (MG), passa por um situação delicada por causa da violência e do vandalismo. Em menos de 40 dias, segundo a direção da Escola Estadual Salvelino Fernandes Madeira, a instituição já foi assaltada seis vezes e os prejuízos já somam pelo menos R$ 10 mil. O furto mais recente ocorreu na madrugada do último sábado, quando os assaltantes levaram quatro computadores, máquina fotográfica e merenda.
De acordo com a diretora da escola, Neide de Almeida Barros Bicalho, os roubos acontecem sempre da mesma forma. "Eles (assaltantes) pulam o muro arrombam as portas da secretaria e das salas e quebram janelas; conta. A educadora que assumiu a direção da instituição há dois meses diz que está assustada e preocupada com a qualidade do ensino, pois falta suporte. "Não temos televisão, DVD, microsystem e a sala de informática já teve vários computadores roubados", relata.
A escola conseguiu mobilizar os pais dos alunos e fizeram um abaixo-assinado solicitando à prefeitura da cidade a disponibilização de vigias noturnos para a instituição."Vamos tentar uma parceria com prefeitura, pois o estado não fornece verba para arcar com pagamentos de segurança", diz.
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Santana do Paraíso, o executivo local ainda não recebeu o abaixo-assinado, mas o secretário municipal de Educação se comprometeu a entrar em contato com a Polícia Militar da cidade para reforçar o pedido da diretora. Ainda segundo a assessoria, apesar de a escola ser responsabilidade do estado, a prefeitura vai colaborar no que for possível para tentar solucionar o problema.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Educação (SEE), a superintendente regional do órgão pretende se reunir com a diretora da escola ainda nesta semana para orientá-la a respeito da compra de um sistema de alarmes que será adquirido com parte da verba destinada à escola. Segundo a SEE, a escola já é atendida pela Patrulha Escolar da PM, que faz ronda nos horários de entrada, saída e à noite. Ainda de acordo com a secretaria, a instituição está localizada em uma comunidade com alto índice de violência e que a superintendência já organiza ações de mediação de conflitos para promover a interação da comunidade com a escola através de cursos e outras atividades. A superintendente regionalde Educação também informou à SEE que uma equipe de analistas e inspetores do órgão vai dar apoio à diretoria da escola.