Rio de Janeiro - Diante do risco da pior epidemia de dengue no verão de 2012, a prefeitura da capital fluminense decretou estado de alerta para a doença na cidade e estabeleceu a entrada compulsória de agentes de saúde em imóveis fechados ou abandonados.
As medidas estão entre os principais pontos do Plano de Combate à Dengue para o Verão 2012. Anunciado nesta quarta-feira (31/8), o decreto que traz as ações passa a valer a partir desta quinta-feira (1;/9), após a publicação.
O objetivo é eliminar os focos do mosquito transmissor da doença, uma vez que 82% dos criadouros do Aedes aegypti estão em imóveis, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Dados também revelam que, em dois a cada três casos de dengue, foram encontrados ovos do mosquito na casa dos doentes.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que o risco de uma grande epidemia em 2012 se deve à volta do vírus tipo 1 e à entrada do tipo 4, para os quais a população não tem imunidade. Ele explicou que, por causa das epidemias dos anos de 2002 e 2008, os cariocas ficaram mais resistentes às variações 2 e 3, que tendem a fazer menos vítimas.
"Temos duas epidemias grandes na história do Rio, em 2002 e 2008, e o que se observou é que em 2001 e 2007 o número de casos apresentou uma curva de crescimento. Esse quadro se repete em 2011, portanto, tudo aponta para um novo ciclo da doença mais amplo e mais elevado, certamente, [será] a maior epidemia da história do Rio. Não quero assustar ninguém, mas a nossa convicção é essa", reforçou Paes, cobrando apoio da população e da imprensa no combate à doença.