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Local onde juíza foi assassinada é considerado pacato e familiar

Rio de Janeiro - Assustados com o assassinato da juíza Patrícia Acioli, morta a tiros na noite desta quinta-feira (11/8) quando chegava em casa, no bairro de Piratininga, região oceânica de Niterói, vizinhos dizem que o crime mudou a rotina do local, considerado pacato e familiar.

Segundo uma senhora, que mora na mesma rua em que vivia a magistrada, em uma localidade conhecida como Jardim do Imbuí, e pediu para não ser identificada, os disparos foram ;assustadores;. ;Eu estava assistindo televisão na hora em que ouvi aquela barulheira. Primeiro pensei que eram fogos de artifício, mas como não era dia de nenhum santo e vi que o barulho era um pouco diferente, percebi que deviam ser tiros;, contou, acrescentando que ouviu, em seguida, gritos de um menino.

[SAIBAMAIS];Depois foi um tumulto só e eu fiquei com medo até de chegar na janela. Mas ouvi bem um menino, que devia ser o filho dela, gritando ;mãe, mãe;;, disse.

Um outro morador, que também solicitou o anonimato, disse que viu quando, logo após os barulhos de disparos, homens encapuzados caminharam pela rua e deixaram o local em duas motocicletas. Ele contou que alguns tiros pareciam ter partido de armas pesadas. ;Não era só pistola, não. Pelo barulho, parecia ter fuzil também. Foi muito assustador ver tudo aquilo bem perto;, disso.

Uma jovem de pouco mais de 20 anos disse nunca ter imaginado que um crime ;tão bárbaro; pudesse acontecer a poucos metros de sua casa. Ela ouviu os disparos enquanto fazia um lanche na cozinha. ;Tinha acabado de chegar da faculdade e estava fazendo um lanche quando ouvi aquela barulheira. Fiquei apavorada porque essa região é muito tranquila, nunca soube de nenhum crime parecido por aqui;, disse.

Segundo relatos dos vizinhos, Patrícia Acioli havia se mudado para o local há cerca de quatro meses. Ela fez uma grande reforma no imóvel e era bastante reservada.

Ainda na manhã de hoje, policiais da Delegacia de Homicídios estiveram no local do crime à procura de elementos que ajudem a solucionar o caso. Eles vasculharam o chão de terra em frente à casa da magistrada, observaram marca de pneus e percorreram um terreno baldio, coberto por mato alto ao lado da construção.

O corpo da juíza será enterrado às 16h30 de hoje (12) no Cemitério de Maruí Grande, no bairro do Barreto, em Niterói. Segundo funcionários, o velório começou no fim da manhã, na capela do Santíssimo.