O corpo do engenheiro civil Mário Bittencourt, 61 anos, especializado na construção de hidrelétricas, foi enterrado no fim da tarde desta terça-feira em caixão lacrado no Cemitério da Colina, às 17h, depois de mais de uma semana de espera.
[SAIBAMAIS]Os parentes trabalham com a hipótese de que o engenheiro e seu colega, o geólogo Mário Guedes, de 57 anos, teriam sofrido uma tocaia dos grupos de camponeses contrários à construção das barragens na Floresta Amazônica Peruana, com contrato de fornecimento de energia elétrica para o Brasil.
A suspeita dos familiares é de que, apesar de enfrentar resistências, tanto o governo brasileiro quanto o peruano teriam interesse financeiro em manter em dia a execução do projeto . O novo governo Ollanta Humala, empossado há seis dias, teria prometido às comunidades locais rever a construção de seis grandes hidrelétricas na Amazônia Peruana.
O velório contou com a presença de centenas de familiares, amigos, colegas e representantes da Leme Engenharia, empresa para a qual o engenheiro estava prestando serviço, pertencente ao grupo multinacional Tractebel Engineering (GDF Suez). Nenhum dos quatro diretores da companhia quis se pronunciar a respeito.