Jornal Correio Braziliense

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Empresa é suspeita de oferecer falsos empregos em Belo Horizonte

Vítimas eram obrigadas a venderem cartões de benefício para conseguiir as vagas, que não existiam. Cinco pessoas foram presas em flagrante

Uma empresa da capital mineira está sendo investigada por oferecer falsos empregos e obrigar os candidatos a vender cartões de benefícios - sem remuneração - em troca das vagas. Segundo a assessoria da Polícia Civil, cinco pessoas foram presas em uma das sedes da empresa, que funcionava no saguão alugado de um hotel na Avenida Amazonas, no Centro de Belo Horizonte (MG).

A polícia chegou aos suspeitos depois que oito vítimas do golpe denunciaram o grupo por estelionato. Segundo depoimento das testemunhas, as vagas tinham sido anunciadas em diversos jornais da capital e ofereciam rendimentos entre R$ 2 mil e R$ 3 mil. Os candidatos às vagas selecionados participavam de uma palestra no hotel e depois eram obrigados a vender um cartão benefício, que oferecia convênios com clínicas e academias em várias cidades da região metropolitana e deveriam ser vendidos por R$ 200 a R$ 300. A promessa é que depois de venderem os cartões e repassar o dinheiro à empresa, eles seriam contratados, mas as vagas não existiam.

Segundo a Polícia Civil, a empresa conhecida como Algo ( Associação de Assistência ao Automobilismo) possui várias sedes na capital, sendo a principal localizada na Rua Timbiras, no Bairro de Lourdes, na região Centro-Sul. O dono da empresa, cujo nome não foi divulgado, ainda não foi encontrado.

Os cinco presos foram autuados em flagrante por estelionato e o material de divulgação dos empregos apreendidos pela polícia. Foram presos Filipe Zandomênico Andrade, de 32 anos, Gedeão Batista de Andrade, 50 anos, Rogério Taveiras, 40 anos, Ana Lúcia de Souza, 22 anos e Elbert de Carvalho, 27 anos. Ainda de acordo o inquérito, dois dos suspeitos já tinham passagem pela polícia por estelionato e assalto à mão armada. Eles foram encaminhados para o Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) São Cristóvão e Centro-Sul. Se condenados, os suspeitos podem pegar de um a cinco anos de prisão.