Curitiba ; Os representantes das comunidades quilombolas do Paraná estão reunidos em Curitiba para a elaboração de um plano de trabalho sobre as principais demandas dessas populações. Segundo a diretora de Programas da Secretaria de Políticas de Comunidades Tradicionais da (Seppir), Silvany Euclênio Silva, o principal desafio é a questão da titulação das terras.
;O trabalho com estas comunidades começou a ser feito há cerca de 15 anos e tem avançado, mas ainda há muito por fazer. O Brasil é muito mais quilombola do que imaginamos;, disse a representante do governo ao falar da situação das 4 mil comunidades identificadas em todo o território brasileiro. Desse total, 1,6 mil são certificadas pela Fundação Cultural Palmares, instituição vinculada ao Ministério da Cultura que tem a finalidade de promover e preservar a cultura afro-brasileira.
O Paraná abriga 36 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Palmares, localizadas, em sua maioria, no Vale da Ribeira. A população total é de cerca de 5 mil habitantes. As principais demandas levantadas envolverão medidas que deverão ser adotadas em conjunto pelos governos federal, estadual, municipal e os quilombolas.
O plano paranaense será elaborado com base nos quatro eixos principais do Programa Brasil Quilombola: Acesso à Terra, ou seja, infraestrutura e qualidade de vida, inclusão produtiva e desenvolvimento local, direitos e cidadania.
Silvany Euclênio Silva adiantou que nos próximos dias a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, estará no Paraná para assinar com o governador Beto Richa um termo de cooperação que possibilitará a execução do plano que está sendo elaborado. O assunto está sendo discutido no l; Encontro Estadual das Comunidades Quilombolas do Paraná e no Seminário Integrado do Programa Brasil Quilombola (PBQ), que ocorre em Curitiba até a próxima quarta-feira (6).