Duas quadrilhas acusadas de importar mercadorias de modo irregular foram desarticuladas pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (28/6). De acordo com a Polícia, as quadrilhas se valeriam de ;;laranjas;;, constituindo empresas para realizar operações ilegais de comércio exterior, remetendo para fora do país os valores obtidos e, dessa forma, eles ocultavam a identidade dos verdadeiros responsáveis pelo crime. Com as práticas, os cofres públicos deixaram de arrecadar R$ 1,4 bilhão.
A mercadoria, que entrava no país por diversos portos, era levada para a cidade de São Paulo e armazenada em depósitos. Logo depois era distribuída para todo o país. Segundo a Polícia, a investigação durou cerca de 4 anos. Ao todo foram expedidos 17 mandados de prisão (13 de prisão preventiva e 4 de prisão temporária) e 67 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Alagoas, Espírito Santo, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Goiás, além do Distrito Federal.
A ação foi intitulada de ;;Operação Pomar;;e contou com 301 policiais federais e 136 auditores da Receita Federal do Brasil. Os acusados serão indiciados e devem responder, na medida de suas participações, pelos crimes de descaminho, sonegação fiscal, formação de quadrilha, falsidade ideológica, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.