Jornal Correio Braziliense

Brasil

Estudante mata colega a facadas dentro da sala de aula na Paraíba

Antônio Ribeiro

A Escola Estadual Monsenhor Constantino Vieira, também conhecida como Colégio Comercial de Cajazeiras, foi cenário de uma tragédia na tarde de terça-feira (21/6). A unidade de ensino localizada no centro de Cajazeiras, no Alto Sertão paraibano, foi o local escolhido pelo estudante José Hyarley Lopes de Sousa, de 19 anos, para assassinar o próprio colega Renato Torres de Oliveira, de 19 anos, com vários golpes de faca. Uma das facadas atingiu o coração da vítima e ele teve morte imediata. O crime ocorreu dentro da sala de aula na presença de vários estudantes.

Após o crime, o acusado ainda tentou fugir depois de pular a janela da sala de aula, porém pouco tempo depois procurou a polícia de Cajazeiras para se entregar, se mostrando arrependido do crime. Conforme informações da Polícia Militar, José Hyarley é reservista do Tiro de Guerra do Exército e filho de um senhor conhecido por "Neto dos Pastéis da Vila Nova", bastante popular na cidade. Os dois cursavam o 3; ano do Ensino Médio. Segundo testemunhas, os dois iniciaram uma discussão dentro da sala de aula, quando em determinado momento o acusado do crime sacou a faca e aplicou os golpes contra a vítima.

A Polícia Civil de Cajazeiras informou que os dois estudantes estavam sem se falar e na segunda-feira, dia 20, Renato teria enviado uma mensagem ameaçadora através da internet para Hyarley. Por este motivo, Hyarley decidiu ir armado com uma faca para a instituição de ensino e cometeu o crime. A inimizade entre os dois alunos teria começado em uma festa, na qual ocorreram ameaças entre os dois. Há informações de que a inimizade começou devido uma disputa por uma jovem da cidade.

O fato chocou os estudantes do colégio e a população, atraindo a atenção de muita gente no local, até o final da tarde, quando chegou a Polícia Civil para fazer o levantamento do fato. Renato teve morte imediata, antes mesmo do atendimento da equipe do Samu. O pai da vítima, informou que o seu filho não revelou em casa ter inimizade na escola onde estudava.

Passados alguns minutos,Hyarley se entregou na Delegacia, afirmando ao plantonistas que lhe prendesse porque teria matado um aluno da escola. Mostrando-se perturbado e arrependido, o jovem teria dito na DD que era melhor ser preso do que voltar para casa naquela situação. Colegas dos estudantes contaram que antes da rixa, eles eram muito amigos e participavam juntos de um grupo que tocava violão na igreja.