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Polícia Civil do RJ prendeu 11 pessoas na megaoperação da Rocinha

Uma Megaoperação realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na favela da Rocinha já prendeu, na manhã desta terça-feira (19/4), 11 pessoas e apreendeu três toneladas de drogas. A polícia Civil encontrou também um depósito de carga roubada e uma fábrica de DVDs na ação.

A carga de eletrodomésticos foi localizada em uma casa na favela. São 11 geladeiras, seis aparelhos de ar condicionado, duas máquinas de lavar, quatro fogões, dois micro-ondas, um aparelho de fax e uma TV. Segundo a polícia, a carga era roubada e o produto da venda dos eletrodomésticos seria usado para financiar o tráfico de drogas.

Cerca de 200 agentes da Polícia Civil realizam desde às 6h desta segunda-feira (19/4), a megaoperação na favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro. Helicópteros também dão apoio aos policiais, que entraram na comunidade pela Estrada da Gávea e pela Autoestrada Lagoa-Barra.

A delegada, Martha Rocha, disse em entrevista à Rede Globo que a operação foi um sucesso." É uma operação cirúrgica, estamos em trabalho de investigação há cerca de seis meses, determinamos alvos certos, não houve nenhum confronto, a Polícia Civil estava bem preparada e não foi disparado nenhum tiro", explicou a delegada.

[SAIBAMAIS]Um departamento especializado da Polícia Civil começou a mapear a comunidade, que possui cerca de 120 mil habitantes, há cerca de sete meses. O principal alvo dos policias é o chefe do tráfico da favela, conhecido como Nem, de 34 anos. Em 2010, o Disque-Denúncia já oferecia uma recompensa de R$ 5 mil por informações que levassem à prisão do traficante. A polícia também visa cumprir 30 mandados de prisão em toda a favela.

Uma equipe da Polícia ainda está no local para cumprir os outros 19 mandatos de prisão. A delegada não quis fornecer nomes dos presos ou a localidade do chefe do tráfico, para não atrapalhar as investigações. Ela também negou que tenha havido vazamento de informações da ação." Tudo foi realizado como o esperado." comentou Martha Rocha.