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Tráfego nas rodovias da região serrana do Rio é restabelecido

Rio de Janeiro - Três meses após a catástrofe causada pelas chuvas na serra fluminense, as rodovias federais e estaduais da região estão com o tráfego restabelecido, mas ainda há muitas obras a serem feitas para que a situação volte a ser igual à de antes do dia 12 de janeiro.

As chamadas obras emergenciais, iniciadas na própria semana em que ocorreu a tragédia, já foram concluídas, tanto por parte do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) como pelo Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit).

Uma das rodovias mais afetadas pelas chuvas de janeiro foi a BR-495, estrada federal que liga o distrito de Itaipava, em Petrópolis, a Teresópolis. Atingida pela queda de pedras e barreiras, a rodovia ficou quase um mês interditada. Quando ocorreu a tragédia, a BR-495 passava por obras de restauração de sua pavimentação que foram interrompidas para dar lugar aos serviços emergenciais de desobstrução. ;Esperamos iniciar, dentro de dois meses, as obras de contenção de encostas;, informou o superintendente do Dnit no Rio, Marcelo Cotrim. Segundo ele, serão investidos R$ 15 milhões, para as quais os projetos de engenharia estão elaborados, faltando apenas a licitação das obras.

Nas rodovias estaduais, também há obras de contenção a serem executadas na dependência de licitação. Embora liberado, o tráfego ainda é feito em meia pista em diversas estradas administradas pelo DER-RJ. É o caso da RJ-130 (Teresópolis-Nova Friburgo), onde há dois pontos em meia-pista nos quilômetros (km) 52 e 57,5. A RJ-142, que liga o distrito de Muri, em Friburgo, a Casemiro de Abreu, passando por Lumiar, também tem um trecho em meia-pista no km 10,5.

A queda de pontes e barreiras na RJ-134 deixou isolado o município de São José do Vale do Rio Preto. Hoje, a ligação entre a cidade e a BR-116 está normalizada, mas ainda há três pontos em meia pista na altura da localidade de Poço Fundo.

O acesso à Nova Friburgo pela RJ-116 já está completamente normalizado, segundo a concessionária Rota 116, que administra a estrada desde o começo, em Itaboraí, na região metropolitana do Rio, até Macuco. A partir de Nova Friburgo, no entanto, ainda há trechos com tráfego em meia pista nos km 91 e 92 e interrupção no km 102, onde as chuvas derrubaram a ponte sobre o Rio Grande, no acesso à cidade de Bom Jardim.

As obras da nova ponte, executadas pela concessionária em parceria com o DER, já tiveram início e deverão estar prontas em 150 dias. Até lá, o tráfego pela RJ-116 em direção ao noroeste fluminense continuará sendo feito por dentro da cidade de Bom Jardim, passando por uma ponte metálica provisória, construída pelo Exército. Até a normalização da estrada, a Rota 116 está impedida de cobrar o pedágio em duas praças localizadas no trecho em obras por decisão da Justiça.

Na rodovia federal BR-116 (Rio-Teresópolis-Além Paraíba), o tráfego está normalizado, mas ainda há obras de contenção de encostas em locais afetados pelas chuvas de janeiro. Por causa dessas obras, no trecho Teresópolis-Além Paraíba, o tráfego é feito pelo sistema de pare e siga nos km 15, 64 e 76,5. Segundo a Concessionária CRT, obras de contenção serão feitas no trecho, entre os km 33 e 74.