Rio de Janeiro - As vendas do chamado comércio forte de Petrópolis, que engloba as malharias da região, ainda não se recuperaram totalmente das fortes chuvas de janeiro, que provocaram mortes e destruição na região serrana do Rio. À Agência Brasil, o presidente do Sindicato das Indústrias de Confecção do município (Sindcon), Addison Meneses disse que os empresários locais estão aguardando a chegada do inverno para recuperar o setor.
Segundo Meneses, os moradores do Rio de Janeiro já têm consciência de que Petrópolis não foi tão atingida pela catástrofe que matou mais de 900 pessoas nos sete municípios afetados. ;Mas o pessoal de fora do estado ainda não tem essa noção. Por isso, eu acho que a gente não voltou à plena carga, ao movimento normal dessa época;.
Segundo o presidente do Sindcon, as vendas do setor experimentaram, no primeiro trimestre deste ano, retração em torno de 20%. Ele não tem notícias, entretanto, de demissões em função do movimento fraco. ;O pessoal está acreditando que vai ter um bom inverno e vai conseguir recuperar [as vendas];. E alertou que, se as vendas referentes às coleções de inverno permanecerem reduzidas, as indústrias poderão cortar funcionários.
Já o presidente da Associação de Empresários e Amigos da Rua Teresa (Arte), Marcelo Fiorini, também titular do Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio), mostrou-se mais otimista. Para ele, já há uma recuperação bastante significativa. ;A gente ainda não está no patamar anterior, mas estamos na faixa de 80% do normal. A coisa não está totalmente normalizada, mas a gente está muito próximo do patamar que costuma funcionar nessa época;. E as expectativas, frisou, são otimistas. Fiorini informou que, no comércio da região do Vale do Cuiabá, a mais atingida pelas enxurradas de janeiro, os compradores começaram a voltar.