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Polícia prende quadrilha acusada de explodir agências bancárias no nordeste

A 2; Superintendência de Polícia Civil de Campina Grande (PB), sob o comando do delegado Wagner Dorta, conseguiu desarticular na segunda-feira (4), uma quadrilha suspeita de ser uma das mais perigosas da região Nordeste, envolvida em assaltos e explosões de agências bancárias na Paraíba e outros estados. O grupo era liderado por Gilson Marques Madureira, mais conhecido como "Gilson Beira-Mar" ou "Gilson Bonzinho", de 33 anos, que reside no bairro da Liberdade, que é acusado de inúmeros crimes.

A operação TNT cumpriu 11 mandados de prisão. Além de Gilson, foram presos a companheira dele Fabiana Souza, de 31 anos, e Thiago Dantas de Sousa, de 26 anos. Os outros envolvidos já estavam detidos em presídios de João Pessoa e Campina Grande. Com a gangue foram apreendidas joias avaliadas em R$ 1 milhão.

Gilson foi detido no bairro do Mirante, com uma identidade falsa em nome de "Jone Sousa Oliveira". Gilson irá responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, assalto à mão armada, sequestros, furto qualificado, explosões de agências bancárias, roubos, porte ilegal de armas, assassinatos, receptação ilícita de produtos, falsidade ideológica, formação de quadrilha e tráfico de drogas. A afirmação é do superintendente Wagner Dorta.

Foram encontrados ainda com os acusados uma caixa de dinheiro com mais de R$ 7 mil; balança de precisão; notebook; relógios com valores de até R$ 50 mil; dois revólveres; canetas no valor de até R$ 3 mil; carteiras de cédulas de R$ 2 mil; telefones celulares; munições; dois veículos, sendo um I30 e um Golf, entre outros produtos.

Segundo o superintendente, "Gilson Bonzinho" conquistou com práticas criminosas uma fortuna no valor de mais de R$ 4 milhões. A suspeita é a de que o montante foi conquistado com as explosões de bancos no interior da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Para lavar o dinheiro (torná-lo legal), "Gilson Beira-Mar" entrou no ramo de construções.

O advogado Afonso Vilar, defensor de "Gilson Bonzinho" e da sua esposa, Fabiana Sousa, disse que o seu cliente não possui o patrimônio que está sendo afirmado pela PC. Ele disse está a par dos registros imobiliários do acusado e ter certeza de que tal volume de riquezas não existe. "Ele também é construtor, faz casas e vende, o que explica os seus bens", disse o advogado.