Daniel Silveira
Uma suposta brincadeira de um garoto de 12 anos por pouco não terminou em tragédia na tarde desta quinta-feira (31/3) em uma oficina mecânica no bairro Nova Gameleira, Região Oeste de Belo Horizonte (MG). O menino ateou fogo em um mecânico, que foi socorrido em estado grave.
De acordo com o soldado Dionísio, do 5; Batalhão da Polícia Militar, o garoto afirmou que estava brincando com a homem. ;A vítima estava embriagada, praticamente desmaiada. O menino disse que estava jogando palitos de fósforo nele. Não satisfeito, foi até a padaria onde a mãe trabalha, comprou um frasco de álcool, jogou sobre o homem e ateou fogo;, relata.
Segundo o policial, o menino disse que quando percebeu a gravidade do que havia feito, pegou um balde cheio de água e jogou no chão, perto do mecânico em chamas. ;A vítima rolou sobre a água e conseguiu apagar o fogo;, conta.
No entanto, uma testemunhas que pediu para não ser identificada afirmou que o garoto não prestou socorro ao homem. Ela disse que ao ver o homem em chama o arrastou para fora da loja e conseguiu debelar as chamas com água. A testemunha afirmou ainda que o menino vestiu uniforme escolar e tentou deixar o local, alegando que tinha pressa para ir à escola, se recusando a aguardar a perícia. A testemunha contou ainda que o garoto revelou a ela que ficou irritado ao ver o mecânico deitado na oficina e, por isso, decidiu comprar álcool para queimá-lo.
A vítima, identificada como Alexander Dionísio Roseniuk, de 48 anos, sofreu graves queimaduras no rosto, pescoço e tórax e teve as vias respiratórias comprometidas. Ele foi socorrido pelo Samu e levado para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII. ;A equipe do hospital disse que ele não corre risco iminente de morte, mas afirmou que o caso demanda muito cuidado;, diz o soldado Dionísio.
Ainda segundo o policial, o caso ocorreu dentro da oficina mecânica do pai do garoto. A mãe foi levada junto com o menino para o Conselho Tutelar Oeste para prestar esclarecimentos. Ele poderá cumprir medida socioeducativa por lesão corporal. ;Ele mantém a versão de que era uma brincadeira e não demonstra em momento algum estar arrependido;, ressalta o soldado.