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RJ: vírus tipo 4 não altera estratégia de combate à dengue, diz secretaria

Rio de Janeiro - A Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Estado do Rio anunciou hoje (24/3) que não vai mudar a estratégia de combate à dengue por causa da chegada do vírus tipo 4.

O secretário de Saúde do estado, Sérgio Côrtes, afirmou que o vírus tipo 4 não é mais virulento que os demais e que não há evidência de que ele represente maior risco de dengue hemorrágica em pessoas que já tiveram dengue de outro tipo de vírus. Ontem (23), foram notificados dois casos de dengue tipo 4 no município de Niterói.

;O tipo 4 não muda nossa estratégia, o que faremos é melhorar as ações de combate como nos anos anteriores. Nossa maior preocupação é com o mosquito. Em 2012, vamos mudar um pouco a estratégia no que diz respeito à informação para termos mais controle sobre as ações dos agentes de endemia nas visitas às residências e assim tornar as ações de combate mais eficientes. Só acabando com os focos, estaremos combatendo a dengue de forma eficaz.;

O secretário fez um apelo aos municípios para que não deixem de notificar os casos. ;Não podemos ter subnotificação. A notificação é fundamental porque por meio dela podemos tomar as medidas no que diz respeito à assistência, com uma noção real do problema.;

Côrtes disse também que haverá investimento em comunicação para uma mudança de cultura na população. O intuito é fazer com que as pessoas sejam mais participativas no combate aos focos do mosquito. Ele informou que todas as unidades de saúde passaram por capacitação para o diagnóstico clínico do vírus da dengue. "Na hora de tratar não importa o tipo de vírus, os exames são mais para uma estratégia epidemiológica."

O superintendente de Vigilância Ambiental e Epidemiológica, Alexandre Chieppe, esclareceu que o estado tem os recursos e a infraestrutura necessários para casos de surto e epidemia. ;Não há absolutamente falta de equipe ou de maquinário para o combate ao foco do mosquito", disse o superintendente que também explicou que o uso de inseticidas nas ruas e nas comunidades são ações permanentes e independem do tipo de vírus circulante.

De acordo com dados da secretaria, em todo o estado, o vírus tipo 1 é o predominante. A circulação do tipo 2 foi identificada no interior e o tipo 3 está registrando casos isolados em alguns municípios.

Apesar do aumento de 30% nos casos notificados nesta semana em comparação com a anterior, o secretário descartou situação epidêmica ou de surto no município do Rio.