Jornal Correio Braziliense

Brasil

Defesa Civil estima estragos Dos temporais no Paraná em R$ 69 milhões

São Paulo volta a sofrer inundações

Depois de dois dias de trégua, os moradores do Paraná voltaram a ser castigados pelas chuvas ontem. Os estragos nos oito municípios mais atingidos já somam prejuízos superiores a R$ 104 milhões, de acordo com boletim parcial divulgado pela Defesa Civil do estado. O balanço aponta 30,9 mil pessoas afetadas, quatro mortas e 221 feridas. Seriam necessários quase R$ 69 milhões para reconstruir as casas afetadas. Mais de 16 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas.

A situação é de alerta porque o retorno da chuva pode causar novos deslizamentos no litoral paranaense. Técnicos da Minerais do Paraná (Mineropar) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR) estão mapeando as áreas atingidas para definir as regiões onde há riscos geológicos e que devem ser desocupadas. Os municípios de Antonina e Morretes decretaram estado de calamidade pública, e as prefeituras de Guaratuba, Honório Serpa e Paranaguá estão em situação de emergência.

Fortes chuvas também caíram na região metropolitana de São Paulo na tarde de ontem e deixaram a cidade em estado de atenção até as 18h30, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da prefeitura paulistana. A cidade de Osasco teve as ruas tomadas pelas águas e os motoristas abandonaram os veículos, que chegaram a ficar inundados. O bairro mais castigado pela tempestade foi o Jardim Rochdale, onde casas foram alagadas e moradores ficaram ilhados. No início da noite, por volta das 18h40, o trânsito em toda a capital paulista chegou a registrar mais de 180km de lentidão.

Em Santa Catarina, as chuvas começam a diminuir, mas o estado de alerta continua. Os alagamentos e deslizamentos de terra no estado afetaram 684 mil pessoas e deixaram 14 mil desabrigadas ou desalojadas. Um homem morreu e outra pessoa permanece desaparecida. Há 16 cidades em situação de emergência.

Rio
Para ajudar a recuperação econômica dos municípios da região serrana do Rio de Janeiro que foram devastados pelas tempestades em janeiro, o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) formalizou ontem a liberação de R$ 6 milhões para ações de curto, médio e longo prazos. Segundo dados da Defesa Civil fluminense, houve mais de 900 mortes na região.