Subiu para 12 o número das cidades alagadas pelas cheias dos rios Mearim, Itapecuru, Tocantins e Parnaíba, por conta das chuvas no Maranhão. Embora só Trizidela do Vale e Igarapé Grande tenham decretado situação de emergência, mais municípios poderão oficializar a situação a qualquer momento. São eles: Arari, Bacabal, Cantanhede, Imperatriz, Itapecuru-Mirim, Pedreiras, Pirapemas, São Luís Gonzaga do Maranhão, Timon e Vitória do Mearim.
A quantia de pessoas afetadas já chega a 10.359, entre desalojados e desabrigados, segundo relatório da Defesa Civil Estadual divulgado ontem.
São 3.638 desalojados (hospedados em casas de parentes e amigos) e 6.721 desabrigados (instalados em alojamentos) em todo o estado. Trizidela do Vale continua sendo a cidade mais afetada, com 2.820 desalojados e 3.552 desabrigados. Em segundo lugar vem Bacabal, com 30 desalojados e 1.095 desabrigados. Pedreiras é a terceira mais afetada, com 48 desalojados e 898 desabrigados.
Até ontem, Imperatriz estava com 476 desalojados e 535 desabrigados, Igarapé Grande com 196 desalojados e 356 desabrigados, e São Luís Gonzaga com 68 desalojados e 285 desabrigados.
Os demais municípios não informaram. Há representantes da Defesa Civil Estadual em Bacabal, Pedreiras e Trizidela. As demais cidades estão sendo monitoradas à distância, com ajuda das coordenadorias municipais.
Nível dos rios
A Defesa Civil Estadual também monitora o nível dos rios nas cidades alagadas. Em Imperatriz, o nível do rio Tocantins está 9 metros acima do normal. Em Bacabal, o nível do rio Mearim se encontra 7,08 metros acima, e em Pedreiras, 6,4 metros acima. Em Trizidela do Vale, o mesmo rio se encontra 5,78 metros acima do nível, e em São Luís Gonzaga do Maranhão, 4,4 metros acima. Em Cantanhede e Itapecuru-Mirim, o nível do rio Itapecuru está 4 metros acima do normal.
As demais cidades não informaram. De acordo coma Defesa Civil Estadual, os rios continuam subindo, e a previsão meteorológica é de muita chuva até a quarta-feira de cinzas.
Houve trégua apenas na região do Mearim que abrange Trizidela e Pedreiras, diminuindo um pouco o nível do rio. Segundo o coordenador municipal da Defesa Civil de Trizidela, Otoni de Sousa, a preocupação agora é de que as famílias retornem às casas à beira rio. ;Estamos fazendo vários apelos à população para que não voltem às casas, onde o nível do rio desceu, porque pode chover mais a qualquer momento;, disse Otoni.