O Ministério do Meio Ambiente assinou nesta quinta-feira (10/2) com a Caixa Econômica Federal um acordo para financiamento de projetos para conservação da Caatinga. O dinheiro poderá ser investido em áreas críticas do bioma: regiões com risco de desertificação, municípios que mais desmataram e polos industriais ligados à construção civil, principalmente a produção de gesso e cerâmica.
;A ideia é desenvolvermos projetos nessas três áreas críticas com financiamento da Caixa para lidarmos com preservação e conservação da Caatinga e geração de emprego e renda;, disse a ministra Izabella Teixeira.
A Caixa ainda não definiu quanto será destinado para o projeto, mas os recursos virão do fundo socioambiental do banco, que já financia um programa semelhante para o Cerrado, com orçamento de R$ 2,6 milhões.
A Caatinga já perdeu 45% de vegetação nativa, segundo dados de 2008. Além da ameaça do desmatamento, o bioma é um dos mais vulneráveis às mudanças climáticas, com áreas sob grave risco de desertificação.
Além de frear a derrubada da vegetação, os projetos poderão criar condições de inclusão social e melhorar indicadores da região, na avaliação da presidenta da Caixa, Maria Fernanda Coelho. ;O sertão sempre foi associado à seca, fome e miséria. Mas há ali muita riqueza, que com manejo sustentável pode ser bem aproveitada;.
A previsão do MMA é que os editais para seleção de projetos sejam lançados ainda no primeiro semestre.