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Termelétrica a carvão será inaugurada com promessa de não agredir ambiente

A fase C da Usina Termelétrica Candiota 3 será inaugurada na próxima sexta-feira (28), com a presença da presidenta Dilma Rousseff. Localizada na cidade de Candiota, no sul do Rio Grande do Sul, a termelétrica tem capacidade instalada de 350 megawatts e começou a gerar energia no dia 3 de janeiro. A obra, avaliada em R$ 1,3 bilhão, teve financiamento de US$ 430 milhões do China Development Bank (CDB) e foi construída pela Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE).

A grande novidade da nova usina é a utilização de dessulfurizadores, uma tecnologia que reduz os impactos ambientais da termelétrica. Segundo o presidente da CGTEE, Sereno Chaise, a mesma tecnologia será utilizada também nas usinas antigas, muito poluentes. ;Hoje, a energia produzida a carvão, desde que se adapte a esses instrumentos, pode ser considerada energia limpa. E a nova usina conta com todos eles. Vai significar agressão zero ao meio ambiente;, garantiu.

Dos 350 megawatts instalados, 292 megawatts já foram comercializados em leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica, em dezembro de 2005. A pedra fundamental da usina foi lançada em setembro de 2006. A energia gerada pela termelétrica será compartilhada com o Sistema Interligado Nacional, que é coordenado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Chaise deve aproveitar a inauguração da fase C da usina para anunciar a contratação da empresa que fará os estudos técnicos para ampliação da termelétrica, com a construção da fase D. ;Hoje, 46% da energia produzida em todo o mundo é originária do carvão. Aqui no Brasil, esse percentual é de 1,2%. As nossas jazidas de carvão são inesgotáveis. Se fizermos toda nossa energia oriunda a carvão, temos energia para mais de 500 anos. O combustível está aí, os financiamentos internacionais estão batendo na nossa porta. Então, por que não fazer?;, disse ele ao defender o investimento.

Para o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, a nova usina traz segurança energética para a Região Sul, onde o potencial hidrelétrico já está esgotado. Segundo ele, a fiscalização dos órgãos ambientais garante a segurança do empreendimento para o meio ambiente.