Como acontece todos os anos, normalmente logo após os desastres, mais uma vez o governo federal correu para anunciar ajuda financeira às cidades castigadas pelas chuvas. Desta vez foram autorizados, após as tragédias em São Paulo e no Rio de Janeiro, R$ 780 milhões a serem aplicados nas regiões atingidas. Com o agravamento da situação, a presidente Dilma Rousseff decidiu embarcar hoje para o Rio a fim de sobrevoar as áreas atingidas e se reunir com o governador aliado Sérgio Cabral (PMDB). Será a primeira vez, desde que tomou posse, que a presidente deixará Brasília para um compromisso oficial.
Do orçamento liberado por meio da medida provisória (MP) editada ontem para uso do Ministério da Integração Nacional e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), R$ 100 milhões serão destinados especificamente a obras preventivas de desastres, do Programa de Prevenção e Preparação para Desastres. O mesmo programa que, inexplicavelmente, havia perdido R$ 30 milhões em seu orçamento neste ano, em comparação à proposta de 2010, como revelou o Correio em 30 de dezembro.
Dos R$ 680 milhões restantes autorizados na MP, R$ 80 milhões serão de responsabilidade do Dnit, para garantir obras emergenciais nas rodovias federais, e R$ 600 milhões ficarão a cargo da Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional. A quantia será aplicada para ;minimizar a grave situação de risco enfrentada pelas populações das localidades nas regiões atingidas, além de procurar reduzir os prejuízos à infraestrutura local;, segundo o que consta na MP.
Os recursos também serão utilizados para viabilizar o atendimento às populações atingidas pela estiagem prolongada nas regiões Norte e Sul do país.
O orçamento deste ano, aprovado pelo Congresso em dezembro, previa R$ 137 milhões para a execução de obras e ações de prevenção, como contenção de encostas, canalização de rios e remoção de famílias que moram em áreas de risco. O valor é R$ 30 milhões menor do que o autorizado para 2010 (R$ 168 milhões). Agora, com os R$ 100 milhões a mais, resta aos estados e municípios apresentarem projetos para receberem os recursos federais.
A tragédia mobilizou várias corporações da área de segurança e até mesmo da igreja. Retroescavadeiras do Batalhão de Operação Especiais (Bope), que antes eram usadas para destruir obstruções nos acessos às favelas, agora estão ajudando na remoção de terra em busca de sobreviventes ou vítimas fatais dos deslizamentos. A Marinha e a Polícia Militar também colocaram helicópteros à disposição para o transporte de equipamentos.
No fim da manhã ontem, o governador Sérgio Cabral (PMDB) pediu ajuda ao comandante da Marinha, almirante Júlio Moura, para que a força auxiliasse no transporte de material do Corpo de Bombeiros do Rio, para ajudar no socorro na região atingida.
Para doações
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Agência 0741
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