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Deslizamento de terra deixa 80 desabrigados em SP

Um deslizamento de terra foi a provável causa do desabamento de 21 casas no Jardim Maringá, na Zona Leste de São Paulo. Ninguém se feriu, mas a Defesa Civil calcula que pelo menos 80 pessoas estão desabrigadas. Outras 45 residências foram interditadas pelas autoridades, já que correm o risco de cair, e engenheiros avaliam mais de 100 imóveis que estariam em condições semelhantes. O Corpo de Bombeiros e a prefeitura da cidade não informaram, até o fim da tarde de ontem, qual teria sido o motivo dos desmoronamentos.

O pânico entre os moradores da Avenida Mendonça Drumond começou logo pela manhã, quando algumas casas já apresentavam rachaduras. Por volta das 15h30, começou o desmoronamento de várias residências. Muitas famílias perderam todos os seus pertences. Ainda pela manhã, depois de fazer uma avaliação técnica, a Defesa Civil da cidade decidiu pela retirada dos moradores. A medida evitou que o acidente pudesse resultar em mortes. Logo que as rachaduras começaram a aparecer, 20 casas foram interditadas e, no fim da tarde, a previsão era a de que outras 25 também seriam bloqueadas.

O secretário municipal de Coordenação das Subprefeituras, Ronaldo Camargo, explicou que a região foi ocupada de forma irregular. A prefeitura já tinha feito um estudo com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) que considerou a área como de risco. O secretário esteve no local após o deslizamento e garantiu que todas as famílias atingidas pelo desastre seriam atendidas pelo serviço social. Algumas pessoas foram para casas de parentes ou de vizinhos na mesma avenida, mas muitos moradores reclamaram que não tinha para onde ir. Camargo afirmou que esses desabrigados seriam levados para abrigos cedidos pela Secretaria Municipal de Esportes.

Até o fim da tarde, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros mantinham mais de 150 homens ; incluindo o pessoal do serviço social ;, além de maquinários, como 20 tratores que estavam sendo usados na remoção dos escombros. A energia elétrica foi interrompida no local pela Eletropaulo, a companhia energética de São Paulo.