Rio de Janeiro - A Igreja Positivista, monumento situado na Rua Benjamin Constant, no bairro da Glória, no Rio, poderá ser tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em sua próxima reunião, agendada para quinta (9) e sexta-feira (10) desta semana, no Palácio Gustavo Capanema, no centro da cidade, o Conselho Consultivo do Iphan analisará a proposta de tombamento do prédio.
Construída entre 1890 e 1897, a igreja é a sede no Brasil do positivismo, doutrina filosófica criada pelo francês Auguste Comte e que teve influência fundamental na Proclamação da República, em 1889. O prédio tem uma fachada com colunas que imita o Panthéon, de Paris. No friso da fachada pode ser lida a máxima positivista: ;O Amor por princípio, a Ordem por base, o Progresso por fim;. O ideário positivista deu origem ao lema ;Ordem e Progresso;, estampado na Bandeira Nacional.
Nos primeiros anos após a Proclamação da República, os cultos positivistas costumavam lotar a igreja, que pode receber mais de 200 pessoas. Chamado pelos positivistas de ;Templo da Humanidade;, o monumento foi o primeiro edifício construído no mundo para difundir a filosofia de Comte.
Em sua próxima reunião, o Conselho Consultivo do Iphan também vai analisar outras nove propostas de tombamento e registro como patrimônio cultural.
As propostas de tombamento são as seguintes: Conjunto Histórico do Município de Paracatu (MG); Centro Histórico de Natal (RN); Conjunto Urbanístico e Paisagístico do Município de Cáceres (MT), e Centro Histórico de São Luiz do Paraitinga (SP).
Os pedidos de registro como patrimônio cultural são estes: Festa de Sant;Ana do Caicó (RN), e de tombamento do patrimônio naval do Brasil, que abrange o acervo do Museu Nacional do Mar, em São Francisco do Sul (SC), e das embarcações Canoa de Tolda Luzitânia (SE), Saveiro de Vela de Içar Sombra da Lua (BA), Canoa Costeira Dinamar (MA) e Canoa de Pranchão Tradição (RS).
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que avalia os processos de tombamento e registro, é presidido pelo presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, e integrado por especialistas de diversas áreas, como cultura, arquitetura, arqueologia e turismo.