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Após assaltar banco, quadrilha foge de ônibus em Recife

Um assalto, em um dos pontos mais movimentados do centro do Recife, ontem, por volta das 14h, impressionou tanto pela audácia da investida quanto pelo improviso da quadrilha no momento da fuga. Os seis homens que invadiram o Bradesco da Avenida Dantas Barreto, no bairro de São José, armados com revólveres e pistolas, dividiram-se em dois grupos, que chegaram pela porta da frente e a dos fundos, renderam os vigilantes e efetuaram o 32; assalto a banco do ano em Pernambuco, o segundo da agência. Na fuga, três deles, demonstrando não ter qualquer tipo de preocupação, pegaram um ônibus e deixaram o local. Os outros fugiram a pé.

Em 2010, os números de assaltos a banco no estado já tiveram uma alta de mais de 350% em relação ao ano passado. A ação de ontem, em plena luz do dia, foi rápida como o crescimento dos índices de assaltos. Durou cerca de 5 minutos. E com os assaltantes sem a menor preocupação de esconderem os rostos das câmeras. Do lado de fora da agência, ambulantes também viram a fuga. ;Eu vi três saindo com malotes nas mãos e entrando no ônibus`, contou um ambulante que não quis ser identificado.

Na ação, os assaltantes não levaram nada dos clientes. Visaram apenas os caixas e agiram como se conhecessem bem o local. ;Foi tudo muito rápido. Eles já entraram gritando que era assalto e foram logo nos vigilantes. Apenas um dos assaltantes estava mais agressivo e eu pensei até que ele fosse atirar no vigilante que estava no chão`, disse uma mulher, que pediu para não ser identificada. Segundo ela, os bandidos pouparam os clientes. ;Tinha gente com muito dinheiro, mas eles só queriam o do banco. No fim, eles trocaram as camisas e saíram andando`, contou.

A agência do Bradesco da Avenida Dantas Barreto não possui portas giratórias, detectores de metais e tem duas entradas de fácil acesso, o que foi criticado tanto por sindicalistas quanto pela própria polícia. ;Os bancos não estão cumprindo as leis de segurança. Por isso, os números de assaltos estãoaumentando`, justificou o diretor do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Geraldo Times.

O delegado do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), Antônio Barros esteve no local do crime e também salientou a falta de meios para coibir os assaltos. ;Menos mal que colocaram um circuito com câmeras há menos de três meses. Já vimos as imagens e vamos investigar. O que ficou claro, no entanto, foi a facilidade encontrada pelos assaltantes para entrarem no banco`, salientou Antônio Barros, que não quis dar detalhes do andamento das investigações para não atrapalhar o caso.