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Advogado de Bruno acusa delegado de cobrar propina para inocentar jogador

O advogado do goleiro Bruno, Ércio Quaresma, acusou o delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investidações da Polícia Civil de Minas Gerais, de cobrar propina para inocentar o jogador. A afirmação foi feita em um programa da TV Alterosa (MG), nesta quiarta-feira (10/11).

Segundo Quaresma, Edson Moreira cobrou R$ 2 milhões para retirar o nome de Bruno do inquérito que investiga o desaparecimento de Eliza Samudio. "Ele gosta de um cascalhinho. Ele pediu R$ 2 milhões, já que o goleiro é um atleta conceituado, para tirar o Bruno ;da jogada;", afirmou.

Durante a entrevista ao apresentador do TV Verdade, Ricardo Carlini, Ércio Quaresma cogitou a possibilidade de Eliza Samudio estar viva. Ele disse que, até o momento, não lhe apresentaram provas de que ela está morta. "Eu não tenho um cadáver, não tenho um atestado de óbito, nem o relatório da necrópsia", disse.

O advogado insinuou, ainda, que, se Eliza aparecesse viva no Departamento de Investigações atualmente, ela seria morta. "Como é que vão explicar a prisão do Bruno, o banquete canino à francesa, o corpo carbonizado em Botucatu e em Vespasiano?", justificou-se.

Mais acusações

Ércio Quaresma acredita, também, que o primo do goleiro Bruno, Sergio Rosa Sales, corre risco de vida e que Dayanne tenha sido torturada por 12 horas no Departamento de Investigações. "Houve um procedimento inquisitorial instalado", afirmou.

De acordo com o advogado, os depoimentos colhidos desde a última segunda-feira (8/11) vão "complicar a vida" dos policiais do Departamento de Investigação.