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Maior hospital ambulatorial do RJ é desocupado para preparação de implosão

O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), na Ilha do Fundão, zona norte do Rio de Janeiro, começou a ser desocupado esta semana para a demolição da ala sul do complexo, interditada desde o início do ano. Em abril, a estrutura foi declarada comprometida pela Defesa Civil. Depois do fechamento do setor de emergência, na segunda-feira (1;), agora é a vez dos ambulatórios começarem a ser esvaziados.

A implosão da ala sul, conhecida como perna seca por nunca ter sido ocupada, está marcada para o dia 19 de dezembro. Por isso, o maior hospital em atendimento ambulatorial do estado do Rio deve encerrar todas as atividades até o dia 3 de dezembro.

A diretora da Divisão Médica do hospital, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lucila Perrotta, explicou que ;o hospital ficará completamente vazio e com os equipamentos protegidos, para prover segurança a todos que trabalham e também à instituição predial e aos equipamentos que a gente tem aqui;.

Segundo a diretora, o hospital universitário vai reduzir progressivamente o atendimento ambulatorial até que todas as consultas que não podem ser remarcadas sejam feitas. Atualmente, o HUCFF, também chamado de Hospital do Fundão, tem 170 pacientes internados. Lucila informou que estão sendo negados pedidos para novas internações. Os pacientes que não apresentarem condições de alta médica até a data limite serão encaminhados para outras unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). ;Nos últimos meses, nós estabelecemos parcerias com outros hospitais para atender aos pacientes que fazem tratamento no Clementino Fraga Filho durante o período de desativação;, informou a diretora.

No início do ano, a ala sul apresentou estalos na estrutura, causando apreensão entre funcionários e pacientes. O comitê de engenharia que a UFRJ mantem na Defesa Civil condenou a estrutura.

O Hospital do Fundão começou a ser construído em setembro de 1950, mas o prédio só foi inaugurado 28 anos depois. A ala que vai ser demolida em dezembro nunca chegou a ser usada. Se a implosão for bem-sucedida, o hospital deverá ser reaberto na primeira quinzena de janeiro.