Brasília ; Subiu de sete para dez o número de casos de contaminação pela superbactéria KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase) em Pernambuco. São duas mulheres e um homem, internados em unidades de terapia intensiva (UTI) de hospitais privados. Os pacientes estão em estado grave, mas com os sinais vitais estáveis, segundo boletim da Secretaria de Saúde do estado divulgado nesta sexta-feira (5/11). Dos três pacientes, apenas um desenvolveu a infecção. Nos outros dois, a bactéria está incubada.
Dos dez casos registrados de Pernambuco, um doente morreu, um recebeu alta hospitalar e oito continuam internados.
A carbapenemase (o C da KPC) é uma enzima que dá a alguns tipos de bactéria resistência a antibióticos de uso habitual. Até o momento, os casos de contaminação estão restritos a pessoas hospitalizadas com baixa imunidade, como pacientes de UTIs. A superbactéria pode ser transmitida por contato direto ou pelo uso de objetos em comum.
Para evitar novas contaminações pela KPC no país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tornou obrigatório o uso de álcool (gel ou líquido) para assepsia nos hospitais públicos e privados. A lavagem das mãos ajuda a impedir a disseminação no ambiente hospitalar de micro-organismos resistentes. Os estabelecimentos têm até o fim do mês que vem para se adequar. Outra norma determina que a venda de antibióticos só poderá ser feita, a partir de 28 de novembro, com a retenção de uma das vias da receita médica pelas farmácias e drogarias. O controle é para evitar a venda e o uso indiscriminados do medicamento.