Jornal Correio Braziliense

Brasil

Defesa Civil investiga várias causas para o desabamento de prédio no Rio

A perícia da Polícia Civil do Rio de Janeiro já está analisando as causas do desabamento, na manhã de hoje (30), do prédio de três andares localizado na Rua Laura de Araújo, no Estácio, região central da cidade. Até o momento, quatros pessoas morreram e 15 foram foram retiradas com vida. Algumas foram atendidas no local e liberadas, mas a maioria foi levada para o Hospital Souza Aguiar. A última vítima resgatada dos escombros do prédio foi uma mulher identificada como dona Antonia, cozinheira que trabalhava em um restaurante nas imediações e que teria retornado ao prédio para buscar documentos.

[SAIBAMAIS]Apesar das causas do desabamento ainda não terem sido identificadas, o comandante Pedro Machado relacionou várias hipóteses que estão sendo investigadas. ;Neste momento, nós levamos em consideração tudo: um vazamento de gás, algum erro de estrutura, alguma obra que estava sendo feita;. Segundo ele, o prédio, como todas as demais edificações da região, era muito antigo. Tudo está sendo levado em consideração neste momento;.

O militar lembrou que a região tem muitos prédios abandonados que acabam virando cortiços. ;O prédio era muito antigo. É só você olhar a vizinhança, que já tira uma média da área;. Uma edificação vizinha do prédio que desabou data de 1888. O pé-direito alto favorece que sejam feitas subdivisões e sublocações dos apartamentos pelos moradores, disse.

O funcionário da oficina mecânica que funcionava no primeiro andar do edifício, Bruno dos Santos, ouviu barulhos, viu rachaduras, e alertou alguns moradores, conseguindo salvá-los. Ele foi ajudado por José Marco, empregado de uma padaria localizada do lado do Sambódromo, e por Élcio Souza Faria, empregado de uma oficina próxima, entre outros voluntários.

José Marco estava trabalhando e foi chamado para ajudar pelo dono da oficina, que se assustou ao ver pedaços da parede caindo. Ao constatar o perigo iminente, ele mandou que chamassem os moradores para que abandonassem o prédio sem demora, até que a Defesa Civil chegasse ao local. ;Aí, quase todo mundo desceu. O rapaz que trabalha no bar subiu de novo. A esposa dele falou que ia subir para buscar os documentos. Assim que ela subiu, menos de 30 segundos, foi abaixo tudo;, disse.