Há um século e meio, nascia uma tênue esperança para milhares de sertanejos baianos que viviam isolados. Numa região situada a aproximadamente 400km da capital da Bahia, Salvador, explodia a febre da descoberta de diamantes no local que passou a ser conhecido como Chapada Diamantina. O ciclo começou em 1844, com o achado de valiosas gemas às margens do Rio Mucugê, quando toda a região, encravada no sertão, vivia uma das maiores secas de sua história.
A ocupação do local foi puxada por garimpeiros que partiram do antigo Arraial do Tijuco (hoje a cidade histórica de Diamantina, em Minas Gerais) e logo grandes aglomerações urbanas (para os padrões da época) surgiram em função da exploração. Exemplo clássico: hoje com pouco mais de 300 habitantes, a cidade de Xique Xique do Igatu chegou a ter pelo menos 20 mil no auge da mineração, que era feita de forma manual.
Como em todas as explorações de materiais valiosos, foram poucos os que realmente se deram bem e concentraram os lucros. Mesmo que o grande ciclo tenha morrido ainda no século 19, a exploração se manteve até 1996, embora de forma mecanizada. Foi quando leis mais severas selaram as dragas que já produziam pouco e detonavam o meio ambiente.
Com a economia do diamante dando adeus, valeu a máxima do ;rei morto, rei posto;: a incipiente indústria do turismo começou a ganhar força na Chapada Diamantina, movida por outro tesouro, formado pelas incontáveis atrações naturais. Morro do Pai Inácio, Rio Garapa, Morro do Camelo, Poço do Diabo, Ribeirão do Meio, Poço Azul e Cachoeira da Fumaça são alguns dos cartões-postais da região. Ali, o ecoturismo dita as normas.
Nessa busca, o visitante ainda se surpreenderá com preciosidades como as ruínas da cidade de pedra de Igatu e o Vale do Capão, lugar em que aflora uma grande comunidade rastafári ; e, acredite, onde os hippies ainda marcam presença e vivem seus sonhos brilhantes, agora mais lapidados.
Leia mais no caderno Turismo, capa e páginas 2 a 5
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