Jornal Correio Braziliense

Brasil

Vazamento em gerador deixa Usina de Angra 1 fora de operação

A Usina Nuclear Angra 1 está desligada desde ontem (12) para ;manutenção programada; em um circuito de hidrogênio do sistema de resfriamento do gerador elétrico principal. De acordo com a Eletronuclear (estatal responsável pelas usinas nucleares, subsidiária da Eletrobras), a necessidade de manutenção foi reforçada por causa de um princípio de incêndio em uma das tubulações do sistema ocorrido no dia 11 de setembro. ;Esse princípio de incêndio ocorreu em uma manta de couro que cobria a tubulação para evitar queimaduras nos funcionários que estavam vedando vazamentos de vapores no tubo que refrigera o equipamento;, explicou o superintendente de Angra 1, Jorge Luiz Lima de Rezende, à Agência Brasil. Segundo ele, a usina não corre qualquer risco de explosão ou de vazamento de radiação.

;Qualquer usina elétrica de origem térmica possui esse tipo de gerador pressurizado a hidrogênio, ainda que de menor porte. Não houve e nem haverá qualquer risco para a população, até porque esse equipamento não está no mesmo prédio onde o reator nuclear está instalado;, garantiu o superintendente. Além disso, acrescentou, o prédio do reator é protegido contra explosões internas e externas.

Ele explicou que o gerador elétrico principal apresentou vazamentos e, no dia 11 de setembro, foi desligado para que fosse feita a injeção de selantes nos encanamentos. Ao chegar no local, um grupo operacional viu que havia chamas na manta de couro utilizada pela equipe anterior.

;De tão ressecada, a manta acabou pegando fogo por causa da alta temperatura. Como há hidrogênio nas proximidades, e por se tratar de uma substância explosiva, a diretoria optou por fazer uma avaliação no gerador, para identificar o motivo desses vazamentos;, disse Rezende.

A Siemens, empresa que fabricou o equipamento, não havia detectado o problema durante a manutenção preventiva do equipamento. ;Agora precisamos saber o motivo desses vazamentos porque, com certeza, há problema. Levará três dias para desmontarmos e investigarmos o que houve. Nossa expectativa é que comecemos a remontar o equipamento no dia 15 e que na outra sexta-feira (22) a usina volte a funcionar;.