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Decretada prisão temporária de policiais civis suspeitos de atirar em juiz

O juiz Fábio Uchôa, em exercício no 4; Tribunal do Júri da capital, decretou na tarde desta sexta-feira (8), a prisão temporária dos policiais civis Bruno Rocha Andrade e Bruno Souza da Cruz da 41; DP do Rio que participaram da blitz onde o juiz Marcelo Alexandrino e duas crianças foram baleados no último sábado (2).

Ambos são suspeitos de terem atirado no carro do juiz que tentou dar marcha-ré ao ver vários homens de preto, fortemente armados e pensar que se tratava de uma falsa blitz na Estrada do Pau Ferro.

Ontem, os dois agentes foram indiciados pela corregedoria interna por tentativa de homicídio. A perícia confirmou que as balas que atingiram o juiz e sua enteada eram do fuzil dos agentes.

O juiz Marcelo Alexandrino continua internado no hospital Pasteur, no Méier. Ontem ele divulgou uma nota onde se disse aterrorizado com a imagem de um agente público disparando uma arma de fogo, com a intenção de matar quem ele deveria cuidar, um casal de bem e suas crianças inocentes. Ele está com um dreno no pulmão e tem o acompanhamento de psicólogos. Ainda não há previsão de alta para o juiz.

A meninas de oito anos e o menino de 11 seguem internados no CTI pediátrico de um hospital de Jacarepaguá e não correm risco de morte.

Ao decretar a prisão temporária por 30 dias, o juiz Fábio Uchôa, disse que a medida pode ser prorrogada por mais um mês. O magistrado considerou que ;os suspeitos demonstraram a intenção de prejudicar as investigações ao inventarem uma fantasiosa e falsa alegação de que teria ocorrido uma suposta troca de tiros com marginais;. Ele lembrou também que as vítimas estão amedrontadas e encontram-se reclusas nos hospitais onde estão internadas.