O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) corre o risco de não concluir o censo 2010 em Belo Horizonte até 31 de outubro, data estipulada pelo governo federal para que a pesquisa seja encerrada em todo o país. Desde 1; de agosto, quando o trabalho de campo começou a ser feito em todo o Brasil, o órgão conseguiu recensear 77% da população da capital. O percentual parece alto, mas está abaixo da média nacional (87%) e da mineira (89%). O censo é uma das ferramentas usado pelo poder público para saber onde investir o recurso destinado a projetos sociais.
O principal responsável pelo baixo índice da população recenseada em Belo Horizonte, quando comparado com a média nacional e a do estado, é o alto percentual de residências encontradas fechadas pelos recenseadores. Na Região Centro-Sul, por exemplo, este número chega a 11% dos domicílios. Na Região Oeste, 12%. Na Pampulha, 13%. O IBGE classifica como aceitável apenas 3%.
Outro motivo para o IBGE acender a luz amarela na capital mineira é a recusa de muitas famílias em atender os recenseadores, pois desconfiam de que o servidor presta serviço para o órgão. Vários pesquisadores relataram aos superiores terem sido maltratados. A ignorância de algumas famílias levou muitos recenseadores a pedirem demissão. Em setembro, 15 dos 60 recenseadores que atuavam em alguns bairros da Região Oeste pediram conta.
Apelo
Para reverter o baixo índice em BH, o IBGE vai apelar ao patriotismo do mineiro. Sábado, o Instituto irá instalar imensos balões com a frase ;responda ao censo, o Brasil conta com você; nas regiões consideradas críticas na capital. A maioria dos balões será colocada na Região Centro-Sul: nas praças JK e Mangabeiras, no bairro homônimo; na Praça Lagoa Seca, no Belvedere; e na Praça da Liberdade, no Bairro de Lourdes. O apelo também será feito em alguns bairros da Pampulha e da Região Oeste, como no Buritis.