Jornal Correio Braziliense

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Adolescência e violência são estudados e debatidos em congresso internacional

Especialistas de diversas áreas de atuação, como educadores, psicanalistas e psicólogos, juristas e pesquisadores participaram do 1; Congresso Internacional Adolescência e Violência: Perspectivas Clínica, Educacional e Jurídica, que terminou neste sábado (28/8) no Parlamundi, em Brasília, depois de dois dias de discussões sobre o tema.

Um dos conferencistas de hoje foi o professor e psicanalista francês Olivier Ouvry, do Coll;ge International de l;Adolescence, da Universidade Paris 13, que falou sobre o tema Violência e Psicopatologia do Pubertário. Para ele, ;a adolescência sempre causou um certo temor e esteve associada à violência, seja num plano clínico-psiquiátrico ou de teoria psicanalítica da adolescência;.

O professor afirmou ainda que a adolescência ;é alguma coisa que vem questionar o infantil e, portanto, as referências e a autoridade paterna. A própria novidade pubertária já é uma violência em si mesma, no começo da adolescência. Então, o adolescente vai expressar essa novidade questionando, por exemplo a autoridade paterna;

Por essas razões Olivier Ouvry considerou que a violência está presente normalmente na adolescência. Resta, então, fazer a gestão para que isso possa se inserir no contexto social de um modo apaziguado. Ele acrescentou que cabe aos pais, durante a infância dar referências à criança que vão funcionar na adolescência. Se isso não for suficiente, na adolescência será necessário recorrer a equipes institucionais ; compostas por educadores e outros especialistas;.

Paralelamente ao congresso foram realizados no Parlamundi, da Legião da Boa Vontade (LBV), o 2; Seminário Internacional sobre Adolescentes ; Clínica e Cultura e o 3; Seminário de Saúde de Adolescentes em Conflito com a Lei. Para discutir os temas, foram realizadas diversas mesas-redondas, debates e palestras com o objetivo de contribuir para a reflexão, estudos e pesquisas sobre as origens da violência adolescente, bem como fortalecer as redes nacionais e internacionais ligadas à adolescência e à juventude no enfrentamento à violência juvenil.