Por causa superlotação das emergências dos hospitais públicos de Porto Alegre, autoridades da área de saúde do Rio Grande do Sul e o Ministério Público estadual suspenderam, por 48 horas, as cirurgias eletivas (que não têm emergência) para tentar amenizar a crise. A procura pelos hospitais cresceu em razão do forte calor e das queimadas, responsáveis pelo aumento de casos de doenças respiratórias.
A medida foi definida hoje (24), durante uma reunião entre o Ministério Público estadual, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e as secretarias de Saúde do estado e do município de Porto Alegre.
Ficou acertado também que a secretaria municipal buscará leitos em hospitais privados para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Cabe ao governo estadual tentar transferir pacientes para o interior do estado ou para região metropolitana de Porto Alegre.
De acordo com o Simers, o Hospital Conceição tem cerca de 160 pacientes para 49 vagas. O Conceição tem a maior emergência do estado. Em outros hospitais, a superlotação chegou a 270%, segundo o sindicato.