Vinte e oito cachorros de rua foram mortos na manhã desta quarta-feira, em Santo Antônio do Monte, na Região Centro-Oeste de Minas, a 135 quilômetros de Belo Horizonte. Os animais foram sacrificados por funcionários da vigilância sanitária municipal. A suspeita é que o extermínio tenha ocorrido sem que houvesse necessidade e sem seguir procedimentos padrões. A Polícia Civil está investigando o caso.
Os cães foram encontrados no canil da Prefeitura, que funciona ao lado da Secretaria de Obras Públicas. Segundo informações da Polícia Militar do Meio Ambiente, uma denúncia anônima informou que a administração estaria realizando a matança dos animais e que todos os cachorros, que estavam sob cuidados da Prefeitura, haviam sido sacrificados.
De acordo com o delegado Ivan José Lopes, ainda é cedo para afirmar se houve ou não crime ambiental. Ele ressalta que a Polícia Civil iniciou as investigações nesta terça-feira e o trabalho deverá ser concluído em 30 dias. ;É um momento de cautela. Vamos ouvir os envolvidos e apurar se houve ou não necessidade de matar os animais;, diz.
Durante todo o dia, funcionários da Vigilância Sanitária foram ouvidos. As testemunhas garantem que os animais foram mortos com injeção contendo uma mistura de anestésico e cloreto de potássio, modo adotado em outras cidades e que representa menos sofrimento para o animal. Eles afirmaram ainda que os cães foram sacrificados com o aval do veterinário do município, Romário Wenceslau. Nenhum deles quis conversar com a imprensa.
Para o procurador geral do município, Renato Traje, não foi cometido nenhum tipo de crime ambiental na cidade e os cães só foram sacrificados porque estavam doentes. ;Eles significavam um risco à saúde pública. Alguns estavam lá há mais de 30 dias. Acredito que esse é um problema enfrentado em muitas cidades brasileiras. Não podemos soltar esses cães nas ruas;, finaliza.